By Equipe CEDRUS - 21/11/2019
A primeira vista a inadimplência é enxergada como uma falta de responsabilidade por parte do devedor. Porém, ao investigar melhor as causas da falta de pagamento, notamos que uma série de fatores, além da responsabilidade, influenciam este fenômeno.
Alguns fatores acabam por abalar as estruturas da organização financeira, culminando numa verdadeira avalanche de inadimplentes. Segundo a Serasa Experian, em levantamento de 2017, os principais motivos que levam o brasileiro à inadimplência estão divididos em:
Entender o momento em que nossos clientes estão é determinante para escolher a melhor estratégia de cobrança, quiçá de venda! Vamos abordar melhor cada uma dos motivos que arrastam as pessoas e empresas para inadimplência. Se você quiser saber mais sobre como as vendas podem ajudar na redução da inadimplência, leia este texto aqui em nosso blog.
1. Redução de renda/receita
No caso de pessoas físicas, uma mudança de emprego onde se paga menos, ou uma demissão pode desestruturar uma família que não tenha uma reserva para emergências. No caso de empresas, a perda de um cliente grande pode diminuir a receita desta empresa de uma mês para o outro. Por isso, para manter sua sobrevivência as pessoas e as companhias precisam escolher como gastar o dinheiro e, depois de equilibrar o estilo de vida com a nova renda, ou arrumar outra fonte de renda, priorizar quais dívidas vai pagar primeiro e quais vai negociar. A Serasa orienta os consumidores em situações assim para que priorizem os pagamentos deixando por último os que supostamente podem ser renegociados ou pagos com atraso. Com essa informação, nós, profissionais de cobrança temos que ter em mente como abordar e que estratégias usar para reaver estes valores. Principalmente se nossa atividade não for prioritária para nossos clientes, caso ela não seja qual será a minha estratégia para não ser o último da fila na lista de prioridades.
Mais ou menos como no primeiro caso, da diminuição de renda, atrasos nos salários, emergências médicas e até falecimentos de familiares podem desestabilizar o orçamento de famílias. São fatores que na maioria das vezes fogem do controle dos consumidores e eles precisam arcar com esse prejuízo, deixando em segundo plano outras contas. Por outro lado, há maneiras de organizar o orçamento para amortecer esse tipo de despesa, como ter uma reserva de emergência que corresponda a alguns meses de salário. Assim que o patrão voltar a pagar, o empregado repõe a reserva. A mesma lógica para despesa médicas e funerárias, paga-se a conta com a reserva e depois que tudo voltar ao normal, repõe-se a reserva. Além disso, cuidar da saúde de uma maneira geral é uma boa alternativa para não ter despesas médicas com si mesmo de forma abrupta.
Possuir bens é um sinal de status. Isso está em toda a sociedade e é um valor alimentado por muitos anos. Muitas pessoas estão tentando dissociar sucesso de posses na vida, mas enquanto isso não acontece, muitas pessoas se encantam com o canto da sereia do consumismo. Assim, acumulam bens materiais e, claro, dívidas. Não podemos negar que ter uma casa própria é um sonho antigo e muito válido, mas é importante ter em vista um planejamento para alcançar este e outros sonhos. A empresa que vende ou presta algum serviço deve estar preparada para esta “falta” de planejamento e montar uma boa estratégia para ter um % saudável de inadimplência, já que ela vai existir.
Associado à este valor de “ter para ser”, está a cultura de que falar em dinheiro é tabu. Isso dificulta que as pessoas tenham uma educação financeira. Pais não falam de dinheiro com os filhos, adultos não admitem que tem problemas financeiros para seus/suas companheiros/as e ai sim temos uma bola de neve de dívidas e desinformação. Os três casos que listamos acima poderiam ser substituídos somente por esse item se no Brasil estivéssemos mais acostumados a discutir sobre dinheiro, e não por dinheiro.
Uma educação financeira mune a pessoa de ferramentas para lidar com um desemprego, construindo uma reserva de emergência ou sabendo como investir para ter uma nova posição no mercado de trabalho. A educação financeira evita que consumidores entrem em descontrole ao cuidar de suas vidas de forma que caibam dentro de seus salários, sem usar o limite de crédito como uma segunda renda. Além disso, sabendo onde alocar o dinheiro recebido (despesas fixas, extraordinárias e investimentos) este consumidor dificilmente passa apertos e contrai dívidas, pois ele sabe até onde pode ir e tem uma segurança, caso seja surpreendido pela vida. Uma opção é também trazer dicas de educação financeira para os seus clientes.
2. Adversidades da vida
3. A não educação financeira e o descontrole com as despesas
Associado à este valor de “ter para ser”, está a cultura de que falar em dinheiro é tabu. Isso dificulta que as pessoas tenham uma educação financeira. Pais não falam de dinheiro com os filhos, adultos não admitem que tem problemas financeiros para seus/suas companheiros/as e ai sim temos uma bola de neve de dívidas e desinformação. Os três casos que listamos acima poderiam ser substituídos somente por esse item se no Brasil estivéssemos mais acostumados a discutir sobre dinheiro, e não por dinheiro.
Uma educação financeira mune a pessoa de ferramentas para lidar com um desemprego, construindo uma reserva de emergência ou sabendo como investir para ter uma nova posição no mercado de trabalho. A educação financeira evita que consumidores entrem em descontrole ao cuidar de suas vidas de forma que caibam dentro de seus salários, sem usar o limite de crédito como uma segunda renda. Além disso, sabendo onde alocar o dinheiro recebido (despesas fixas, extraordinárias e investimentos) este consumidor dificilmente passa apertos e contrai dívidas, pois ele sabe até onde pode ir e tem uma segurança, caso seja surpreendido pela vida. Uma opção é também trazer dicas de educação financeira para os seus clientes.
4. Nome emprestado
5. Ruído na comunicação cobrador-devedor
Para encerrar nossa lista, mais um fator que não necessariamente está nas mãos dos devedores: a cobrança. Por mais que as pessoas sejam adultas e façam negócio gozando de todas as faculdades mentais, é boleto que não acaba mais e no agito do mês pode ser que um seja esquecido, perdido ou simplesmente não chegue. Se a empresa que recebe esse pagamento não identificar logo que não foi pago e notificar o cliente com rapidez, este fica inadimplente sem nem ter percebido. Neste item um fator importante é segmentar as estratégias de cobrança para separar a inadimplência real de um esquecimento com ações preventivas e colocar mais energia no combate à primeira. Um setor organizado de cobrança faz a diferença para não crescer o bolo da inadimplência no Brasil.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre os motivos da inadimplência, vamos desenhar estratégias mais eficazes e empáticas de cobrança?
Saiba mais: Retrato da Inadimplência em 2018: um perfil por segmentos, aging, região e classe social
Até a próxima!
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