segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Por que segmentar seus clientes na loja hora da cobrança pode transformar seus resultados

 






By Equipe CEDRUS - 29/09/2025


Quem trabalha com cobrança sabe: não existe uma fórmula única para recuperar valores em aberto. Assim como na recepção, no atendimento de vendas ou no pós-venda, entender o perfil do cliente é essencial para escolher a melhor forma de abordagem — e isso não é diferente na hora de cobrar.

Mas e se fosse possível ir além do simples “conhecer o cliente”? E se você pudesse organizar a sua rotina com base em segmentações estratégicas da sua carteira de devedores, priorizando esforços e aumentando as chances de sucesso?

Separamos aqui os principais motivos para segmentar a sua carteira de cobrança e transformar a maneira como sua equipe trabalha.


 

Segmentação: o caminho para mais agilidade e melhores resultados 


Imagine ter uma lista extensa de contatos para cobrar todos os dias. Você simplesmente começa de cima para baixo? Se sim, é provável que esteja desperdiçando tempo, energia e oportunidades.
A segmentação ajuda justamente a evitar isso. Separar seus clientes por características específicas permite focar esforços onde o retorno é mais rápido ou mais significativo.
Alguns exemplos práticos de segmentação incluem:

  • Dívidas mais recentes x dívidas mais antigas
  • Valores altos x valores baixos
  • Clientes com maior potencial de retorno
  • Casos que exigem mais tempo e negociação
  • Clientes com bom histórico x recorrentes inadimplentes


A lógica é simples: cada grupo exige uma abordagem diferente. E tratá-los da mesma forma é perder a chance de ser mais estratégico.


 

O tempo da dívida importa (e muito) 


Na prática, quem tende a pagar primeiro é quem está devendo há menos tempo. Por quê? Porque a dívida ainda está fresca na memória do cliente, o valor pode ser menor e, geralmente, a relação com a empresa ainda não está desgastada.

Já dívidas antigas exigem outro tipo de negociação. Muitas vezes, o débito já foi “herdado” de outros ciclos da empresa ou passou por diversas tentativas frustradas de contato. Esses casos demandam mais habilidade, paciência e tempo — algo que precisa ser levado em consideração na hora de distribuir tarefas entre os operadores.



O valor da dívida também influencia a estratégia 


Outro fator importante na segmentação é o valor da dívida. Em momentos em que a empresa precisa de caixa rapidamente, pode ser mais eficiente focar em pequenos valores com maior chance de pagamento imediato.

Por outro lado, se o objetivo for recuperar grandes quantias, vale investir mais tempo em negociações robustas com dívidas maiores — mesmo que envolvam mais tentativas e uma abordagem mais consultiva.


Segmentar é também adaptar o discurso e os recursos 


A partir do momento em que você conhece melhor cada segmento da sua carteira, pode personalizar a abordagem. Por exemplo:


  • Clientes inadimplentes pela primeira vez podem estar enfrentando dificuldades pontuais.
  • Aqueles que sempre atrasam, mas pagam, podem se beneficiar de ajustes nas datas de vencimento.
  • Pessoas que não pagaram nem a primeira parcela talvez tenham tido uma experiência ruim ou nem recebido o boleto corretamente.

Além disso, com a segmentação, é possível distribuir melhor a equipe:

  • Casos simples podem ser atendidos por operadores mais novos ou sistemas automatizados.
  • Casos complexos, que exigem negociação ou empatia, ficam com os profissionais mais experientes.
  • Essa distribuição otimiza o uso dos recursos humanos e financeiros da empresa.ma solução.


E se a segmentação começar antes mesmo da cobrança? 


Uma estratégia interessante é utilizar os dados da avaliação de crédito feita antes da venda para já prever como será a abordagem em caso de inadimplência.
Se o cliente passou por uma análise e teve uma boa pontuação, mas mesmo assim atrasou, o problema pode ser pontual. Já um cliente com baixo score histórico, que mesmo assim teve crédito aprovado, exige mais atenção — e um modelo de cobrança que leve em conta o maior risco.
Se você trabalha com cobrança terceirizada, pode ou deve pedir à empresa contratante essa informação se ela tiver essa análise de crédito do momento da venda para montar sua estratégia desde o início.


Segmentações adicionais que valem a pena considerar 


Além dos fatores já mencionados, vale analisar outros critérios que podem revelar padrões na sua operação:


1. Região geográfica

Há estados, cidades ou bairros com maior índice de inadimplência? A economia local ou práticas culturais podem influenciar nos atrasos.


2. Tipo de produto ou serviço

Há serviços que historicamente geram mais inadimplência? É possível ajustar o modelo de cobrança ou até as condições comerciais nesse segmento.


3. Tempo de relacionamento com a empresa

Clientes “antigos” costumam pagar em dia ou já demonstraram sinais de desgaste? E os novos clientes — estão engajados, entenderam o serviço, receberam as informações corretamente?



Entender os motivos da inadimplência é tão importante quanto saber que ela existe 


Nem toda inadimplência tem a mesma causa. Entender o “porquê” de cada dívida ajuda a montar uma estratégia ainda mais precisa.

Alguns exemplos:

  • O cliente não recebeu o boleto
  • O produto/serviço não atendeu à expectativa
  • Houve um problema financeiro temporário
  • O cliente nunca teve intenção de pagar


Saber disso permite antecipar objeções, ajustar a comunicação e — mais uma vez — usar o recurso certo para o perfil certo.



Segmentar também é saber o que (e quando) vale a pena abandonar 


Sim, segmentar é uma forma de ser mais eficiente, mas também mais realista. Em muitos casos, o esforço para recuperar uma dívida antiga, com dados desatualizados e valor irrisório, pode ser maior que o próprio retorno financeiro.

Ao classificar esses casos como baixa prioridade, você libera sua equipe para focar no que realmente gera resultado. Pode-se incluir que uma análise até para entender se é hora e se vale a pena passar essa cobrança para a esfera judicial.



Segmentação é estratégia, não burocracia 


Organizar sua carteira de cobrança em segmentos é mais do que uma boa prática: é uma decisão estratégica que traz ganho de tempo, assertividade e aumento nas taxas de recuperação.

Não existe uma fórmula única para segmentar — cada operação tem suas particularidades. Mas, com uma análise cuidadosa da base de clientes, da equipe disponível e dos objetivos da empresa, é possível montar um modelo de segmentação que realmente funcione.

Lembre-se: cobrar não é só uma tarefa operacional. É uma etapa importante da jornada do cliente e pode — quando bem feita — preservar relacionamentos e fortalecer a reputação da empresa.








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