By Equipe CEDRUS - 27/01/2022
Se você trabalha ou gerencia uma empresa, já deve ter notado que o dia-a-dia é recheado de números. Atendimentos, vendas, estoques, equipe… Além das quantidades, existem os valores, então, o quanto em vendas, os custos, a receita, lucro, etc. Todos os números que compõem a empresa podem ser chamados de variáveis. São dados gerados pelo funcionamento de um negócio e que podem ser acompanhados em um período de tempo, ou mesmo constantemente.
Precisamos concordar que temos variáveis demais e tempo de menos para acompanhar, certo? Por isso que alguns modelos de gestão orientam a elencar quais são as variáveis mais importantes para aquele negócio, ou seja, as que tem maior impacto no resultado da empresa. Toda empresa visa lucro, mas, nem só de valores vive um relatório gerencial. Para o seu segmento pode ser interessante acompanhar além da receita, o tempo de atendimento ou mesmo, a variação de produtos comprados ou serviços prestados no período.
Tabelas e mais tabelas dinâmicas com os resultados da empresa observados por diversos ângulos não significam muita coisa, também, se sua empresa não tem um objetivo, um Norte, uma meta. Isso mesmo, os indicadores ganham muito mais significado se estão acompanhados de uma meta, um resultado concreto com objetivo, um valor numérico que a representa e um prazo para isso acontecer. Por exemplo: dobrar o faturamento em dois anos a partir da abertura da empresa. Ou, reduzir pela metade o estoque ocioso em seis meses a partir da contratação desta nova empresa de entrega. Assim como as variáveis e os indicadores, as metas não estão relacionadas somente com receita, podem ser tempo de atendimento/espera, equipe, duração de um projeto, etc. A meta de uma empresa é onde ela quer chegar (objetivo), como ela vai saber que chegou lá (uma variável numérica que represente isso), e qual o prazo para isso acontecer.
Para estas variáveis que forem selecionadas para um acompanhamento mais próximo e dedicado damos o nome de indicadores. Estes indicadores precisam ser acompanhados constantemente e num período de tempo que faça sentido para o seu negócio (diário, semanal, mensal) de forma que seja possível comparar a evolução da empresa num período e outro.
Mas como escolher metas boas que levem o negócio para o sucesso? Voltando a observar as variáveis. Os relatórios de acompanhamento são um raio-X da empresa e vão mostrar o que é possível de ser medido e acompanhado. As variáveis que viram indicadores não são eternas, o que quer dizer que a Gestão pode escolher dar foco para alguns números em um momento, e, alcançada a meta ligada àquela variável, ela sai de foco. Começa-se um novo projeto, novos indicadores, novas metas para alcançar.
Quem possui familiaridade com softwares de gestão sabe que existem indicadores gerenciais, estratégicos e operacionais.
Os indicadores gerenciais mostram variáveis de ações táticas, como o número de vendas, quais as despesas e custos relacionados. Os indicadores operacionais referem-se à quantidades de vendedores, estoquistas, caixas, repositores. Já os indicadores estratégicos estão ligados ao objetivo do negócio, como a expansão, crescimento de vendas e aumento da lucratividade. Esta separação em três níveis tem mais efeito de organização e didática, pois, quem gere um negócio sabe que uma variável está ligada em outra e isso é o funcionamento saudável de uma empresa, pois podemos ver sinais de seu crescimento, ou alertas de mudanças em várias frentes.
Estes sinais são percebidos nos relatórios de indicadores, não é possível pegar somente indicadores operacionais, traçar um plano para atingir uma meta sem ter ciência de como a situação está nos indicadores gerenciais, por exemplo. Na prática, não é possível querer dobrar o faturamento no semestre seguinte se não sabemos quantos funcionários teremos e quantos estão de férias. É preciso que o terreno esteja apto para que o planejamento que leva à meta seja percorrido.
É a definição de responsáveis a ferramenta mágica para acompanhar todas essas informações e alcançar metas. Já dizia o ditado que “cachorro que tem dois donos morre de fome” e no dia-a-dia de uma empresa isso é bem real. Softwares de gestão e super-planilhas podem gerar relatórios completos, periódicos e muito informativos, mas somente um olhar humano e que sabe quais os objetivos da empresa poderá traçar metas factíveis e ao mesmo tempo ousadas, que vão motivar uma equipe a trabalhar sempre melhor.
Algumas dicas para selecionar as melhores variáveis que compõem relatórios de indicadores com metas poderosas:
- sua seleção tem que abraçar os três níveis: operacional, gerencial, estratégico;
- o acompanhamento precisa ser periódico e comparável com outros períodos;
- precisam representar a flexibilidade, ou seja, fatores que sejam possíveis de serem mudados no decorrer do planejamento (não adianta controla o tamanho físico da sua empresa se você está num imovel alugado, sem possibilidade de reforma e você não tem intenção e condições de se mudar);
- concentre-se em resultados finais, pois é observando o final que podemos ajustar o processo;
- unidades de medida menores dão mais controle para o status, considere acompanhamentos diários;
- o melhor prazo para você é o menor possível para sua operação;
- Cada meta é composta por um objetivo, um número e um prazo. Exemplo: Quero aumentar minhas vendas em 50% em 1 ano;
- Uma meta sem prazo nunca será alcançada;
Agora que você sabe mais sobre variáveis e indicadores na definição de metas para uma empresa, pode fazer o exercício de aplicar na gestão de cobrança esses conhecimentos. Clique aqui para ler sobre "Indicadores de desempenho de cobrança".
Até a próxima!
0 comentários: