By Equipe CEDRUS - 18/05/2023
FPD, ou First Payment Default, é um termo em inglês que podemos traduzir como "falha no primeiro pagamento". Trata-se de um indicador de cobrança, utilizado para monitorar uma situação em que um cliente não realiza o pagamento da primeira parcela de um empréstimo ou financiamento como o negociado.
Essa falha no primeiro pagamento é considerada um indicador de risco, pois demonstra a falta de compromisso do cliente com o pagamento das suas dívidas, ou uma fraude.
Para as instituições financeiras, o FPD é um indicador importante para avaliar o risco de conceder crédito para determinado cliente. Isso porque, se o cliente já apresenta uma falha no primeiro pagamento, é mais provável que ele também venha a apresentar problemas em pagamentos futuros. Para empresas que fornecem crédito em forma de venda a prazo, ter um FPD alto significa descontrole financeiro, afinal, sem receita, como operar?
No entanto, é importante destacar que o FPD não é uma situação definitiva. O cliente pode regularizar a sua dívida e passar a cumprir com suas obrigações financeiras. Para isso, é importante que ele entre em contato com a instituição financeira, ou empresa para quem deve, o mais breve possível, buscando negociar o pagamento da dívida em atraso e buscar alternativas para manter as próximas parcelas em dia.
Uma alternativa a esse movimento voluntário do cliente, é a empresa adotar um protocolo de cobrança ativo e funcional. Isso significa enviar lembretes antes do vencimento e o início de ações automatizadas de Cobrança assim que o título não for pago.
Em caso de não pagamento mesmo com essas medidas, pode-se tomar medidas legais para recuperar o dinheiro emprestado, ou crédito cedido, como a inclusão do nome do cliente nos órgãos de proteção ao crédito (negativação) ou até mesmo o processo de cobrança judicial.
Porém, além de esquecimento e falta de compromisso, existem fraudes que podem ser detectadas com a Falha no Primeiro Pagamento. A verificação de fraudes é essencial quando se lida com o FPD porque as empresas estão expostas a riscos de perdas financeiras decorrentes de empréstimos ou financiamentos concedidos a clientes que apresentam intenções fraudulentas.
Existem diversos tipos de fraudes que podem estar relacionadas ao FPD, como por exemplo:
Fraudes de identidade: em que o cliente usa documentos falsos ou de outras pessoas para conseguir o empréstimo ou financiamento;
Fraudes por omissão de informações: quando o cliente não informa informações relevantes sobre sua renda, emprego, histórico de crédito ou outras informações que possam impactar sua capacidade de pagamento;
Fraudes por simulação de renda: quando o cliente apresenta uma renda maior do que a realidade para obter um empréstimo ou financiamento que não teria acesso.
Por isso, é importante que as empresas realizem uma verificação criteriosa dos dados e informações fornecidas pelos clientes, buscando detectar possíveis fraudes antes de conceder o crédito. Essa verificação pode incluir a análise de documentos, checagem de informações em órgãos de proteção ao crédito, validação de informações de emprego e renda, entre outras medidas. Falamos sobre isso, que chamamos de boa venda, no texto "Política de Cobrança - O que é e como fazer?" em nosso blog.
Ao identificar possíveis fraudes, as instituições financeiras podem evitar conceder empréstimos ou financiamentos a clientes que apresentam um alto risco de inadimplência, reduzindo assim as perdas financeiras decorrentes do FPD e de outras formas de inadimplência. Além disso, a verificação de fraudes também contribui para a manutenção da integridade do mercado financeiro, evitando que indivíduos mal intencionados obtenham recursos de forma ilegal.
Como reduzir o First Payment Default?
Existem diversas estratégias que as empresas podem adotar para reduzir o First Payment Default (FPD). Algumas delas incluem:
Análise de crédito mais criteriosa: A realização de uma análise de crédito mais criteriosa pode ajudar a identificar clientes com maior risco de inadimplência e, consequentemente, reduzir o FPD. Essa análise pode incluir a verificação de informações como histórico de crédito, renda, emprego, entre outras.
Comunicação clara e transparente: É importante que as instituições financeiras tenham uma comunicação clara e transparente com os clientes, explicando as condições e responsabilidades do empréstimo ou financiamento. Isso pode ajudar a evitar mal-entendidos e reduzir o risco de FPD.
Flexibilidade no pagamento: A oferta de opções flexíveis de pagamento, como prazos maiores e parcelas menores, pode ajudar a reduzir o FPD. Isso porque clientes que encontram dificuldades para pagar a primeira parcela podem optar por alternativas mais adequadas às suas condições financeiras.
Automação de processos: A automação de processos, como a análise de crédito e a verificação de documentos, pode ajudar a reduzir o FPD, pois torna os processos mais eficientes e menos propensos a erros humanos.
Acompanhamento dos clientes: O acompanhamento dos clientes ao longo do período de pagamento pode ajudar a identificar possíveis dificuldades e evitar o FPD. Isso pode ser feito por meio de lembretes de pagamento, contato por telefone ou e-mail e outras formas de comunicação.
Política de cobrança efetiva: Ter uma política de cobrança efetiva, com processos claros e eficientes para lidar com a inadimplência, pode ajudar a evitar o FPD e minimizar as perdas financeiras.
Em resumo, o FPD é uma situação em que o cliente não realiza o pagamento da primeira parcela de um empréstimo ou financiamento, indicando um risco para a empresa que cedeu esse crédito. No entanto, o cliente pode regularizar a sua dívida e evitar consequências mais graves, como a negativação do seu nome ou processos judiciais.
Não se esqueça que, a adoção de medidas como análise de crédito mais criteriosa, comunicação clara e transparente, flexibilidade no pagamento, automação de processos, acompanhamento dos clientes e política de cobrança efetiva pode ajudar a reduzir o First Payment Default (FPD) e melhorar a eficiência do processo de concessão de crédito das instituições financeiras.
E você? Analisa o FPD da sua carteira de clientes de cobrança?
Até a próxima e bons negócios!
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