quinta-feira, 24 de março de 2022

Quais os tipos de fraude no Ciclo de Crédito em uma empresa?


By Equipe CEDRUS - 24/03/2022

Fraude é coisa séria. O tema é tão intenso e presente em nossa sociedade que, sem os falsários, praticamente não existiram novelas, romances e histórias de aventura. Puxe pela memória se você já leu algum livro - ou assistiu algum filme - que não tenha pelo menos uma sequência com falsários (economicamente ou emocionalmente) e as consequências desses atos. 

Muito mais que somente usar notas de dinheiro falsas ou mentir no currículo para conseguir uma vaga de emprego, a fraude atualmente se caracteriza pelo uso de tecnologia e engenharia social na aplicação de golpes em pessoas físicas e jurídicas por todo o país. 

Nosso foco hoje é falar da prevenção à fraude em empresas, pois a consequência de cair num golpe, para uma empresa, é ficar sem receber o pagamento acordado pela venda ou prestação de serviço. Por isso, muitas vezes a prevenção à fraude vira uma responsabilidade da área de Cobrança. 

Ciclo de crédito e cobrança

Oferecer algo para seu cliente e aceitar só receber o pagamento depois significa dar crédito para ele. Você, pessoa física, empresta dinheiro para alguém desconhecido? Ou, quando um amigo precisa de um valor alto para fazer um investimento em um novo negócio e costumamos dizer que aquele empréstimo foi "a fundo perdido"? 

Pequenas, médias e grandes empresas quando ofertam pagamentos a prazo estão dando crédito para desconhecidos, ou quase desconhecidos. Existe um risco que elas assumem entregando seu produto e serviço e recebendo o pagamento depois. No ciclo normal de crédito e cobrança essa é a etapa 1, o Planejamento do risco que a Empresa pode correr de não receber, ou receber em atraso. 

O próximo passo é Originação, quando a relação comercial é firmada, quando recebemos um cheque, aceitamos o cartão de crédito ou emitimos uma nota fiscal de venda ou serviço para esse cliente.  A Manutenção desse crédito dado é a parte mais extensa do ciclo e era dura até o cliente apresentar dificuldades em honrar com os compromissos, ou deixar de pagar mesmo. 

Então chegamos na última fase, a Cobrança de fato. Quando precisamos lembrar nossos clientes dos boletos gerados, das notas emitidas e eventualmente negociar os pagamentos em mais parcelas, descontos, etc. 

Os tipos de fraudes em cada ciclo

Durante o Planejamento, felizmente, ainda não somos vítimas de fraudes de terceiros, apenas erros de escolha mesmo, como não definir um política de crédito e cobrança antes que as fraudes aconteçam. 

Já durante a Originação, as fraudes que podem acontecer são: 

Falsidade Ideológica: o cliente se faz passar por outro com o nome limpo na praça;

Autofraude: o cliente passa por si próprio e já faz a transação comercial com o intuito de não pagar aquela dívida, ou omite informações que poderiam fazer a empresa recusar dar crédito a ele, como local de residência. 

Na fase de Manutenção podem acontecer as seguintes fraudes: 

Amigáveis: o cliente faz a compra, ou autoriza alguém a usar seu crédito e diz que não reconhece aquela movimentação no cartão de crédito posteriormente, quando que a fatura chegar, por exemplo. 

Invasão de contas: o fraudador obtém dados de autenticação de uma pessoa (nome, CPF, endereço), intervém na relação com o prestador de serviço se passando pelo cliente e adquire mais produtos e serviços em nome deste. 

Cartão de crédito: roubo, perda, extravio, clonagem. Tanto o cliente pode acusar uma dessas motivações para não reconhecer a compra, como pode de fato ter sido vítima de uma dessas fraudes. 

De volta ao nosso ciclo de crédito clássico, as fraudes possíveis de acontecer na última fase - Cobrança - são:

Fraudes com boletos: o fraudador substitui o boleto certo por outro idêntico, porém com outro número no código de barras. O cliente vai fazer o pagamento e acaba direcionando os valores para conta dos criminosos. 
 
Interceptação de cobrança: esta modalidade utiliza uma engenharia social complexa. O fraudador atua nas duas pontas, em quem fornece o crédito e em quem deveria pagar. Primeiro ele interage com o escritório de cobrança como se fosse o cliente ou responsável financeiro, levantando detalhes da dívida, acordos e propostas. Feito essa pesquisa ele passa a abordar o cliente como se fosse o credor, só que já fechando um acordo favorável e emitindo um boleto de quitação, obviamente falso e direcionando o pagamento para a conta dos criminosos. 

Essa são somente algumas modalidades para acompanharmos. Nosso próximo texto aqui no blog será sobre como evitar que sua empresa caia em armadilhas e acabe fornecendo crédito para falsários. 

Até a próxima! 

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