Em atividade desde julho de 2017 a base de dados que reúne todos os boletos emitidos e pagos no Brasil registra 3,2 bilhões de documentos.
Houve uma época que famílias não começavam se não tivessem um “carnê” de uma famosa loja de móveis brasileira. Aquele talão, com os valores a serem pagos a cada mês era o avô do hoje famoso BOLETO. O desejo de jovens é ter boletos para pagar, e a satisfação de adultos é ter boletos pagos. Boleto virou uma espécie de personagem pop nos jovens adultos, virou sinônimo de responsabilidade “tenho boletos para pagar”, virou desculpa para certas atitudes “e você lá paga meus boletos?”...
Os meios de pagamentos evoluem conforme a sociedade aprimora suas rotinas e busca simplificar processos. Já não é preciso ir até seu banco, sacar seu dinheiro e levar até a loja para pagar seu carnê. Com a emissão de boletos o carnê se tornou um documento pagável em qualquer banco graças ao seu código de barras. Em outubro durante o CONACOB (Congresso Nacional Online de Crédito e Cobrança) Walter Faria, que é diretor adjunto de Operações da FEBRABAN fez um resgate histórico dos meios de pagamento no Brasil destacando como o boleto para pagamentos foi com certeza uma grande invenção que facilitava a vida das duas pontas, seja quem estivesse cobrando, seja quem fosse pagar.
Essa simplificação toda, infelizmente, foi alvo de fraudes conforme ia ganhando mais adeptos. Quando o boleto era “sem registro” o Banco Central não tinha controle sobre quantos e quais documentos eram gerados, quem eram os beneficiários e no fim das contas, quem pagava o boleto. Resultado? Fraudes e mais fraudes. Era boleto falso com beneficiário trocado, era boleto vencido que não podia ser pago fora do banco emissor, era boleto pago em duplicidade. Tudo isso gerava perdas financeiras e de tempo.
Diante disso o Banco Central solicitou à Febraban um plano de ação para organizar a emissão e pagamentos dos tão queridos boletos. O Sistema de Pagamentos Brasileiro já tinha criado o DDA (Débito Direto Autorizado) em 2009. Trata-se de um grande sistema que possibilita a emissão e pagamento de boletos de forma eletrônica (internet e telefone) sem o envio ou impressão do boleto em papel.
Com a base tecnológica da DDA montada a Febraban traçou um plano de implementação para que todos os boletos (e não apenas os que poderiam ser pago eletronicamente) passassem por esse banco de dados. Funciona assim, cada boleto criado por qualquer banco é registrado nesta base (daí o nome boleto com registro), quando alguém resolve pagar o boleto além do banco emissor, essa base também é avisada da transação. Isso evita a fraude, afinal só boletos reais de clientes reais de bancos reais tem acesso à DDA, isso faz melhor uso da base tecnológica da DDA, possibilita de boletos vencidos sejam pagos em qualquer banco, protegendo pessoas de golpes como o “saidinha de banco” e evita o pagamento em duplicidade. Afinal, o registro de boletos nessa base funciona como uma checagem dupla para emissão e pagamentos, tanto eletrônicos como em dinheiro, caso o cliente assim prefira.
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Veja abaixo alguns comentários de quem estava assistindo:
"Maravilhoso!! Propósito de ajudar, recuperar, é realmente o que busco que minha equipe faça. Gratidão". Daiane Lúcia Boschetto
"Parabéns pela explanação clara e objetiva sobre a nova plataforma de cobrança".
Antonio Glup
"Muito Obrigada, por seu esclarecimento, algumas coisas não sabia e contribuiu para meu crescimento profissional. Parabéns e Sucesso!" Gabriela Gama
"Muito boa as dicas. Em vários cursos que fiz, é a primeira vez que ouço a dica do sorriso no rosto ao falar". Elidiani Cristina Moreira
Até a próxima!
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